Diálogo

De Dicionário de Poética e Pensamento

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:Referências:
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:(1) Cf. HEIDEGGER, Martin. A Origem da Obra de Arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.
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:(1) Cf. HEIDEGGER, Martin. ''A Origem da Obra de Arte''. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.
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:(2) Cf. Fragmento 53 em: HERÃCLITO. trad. Emmanuel Carneiro Leão. In: Os pensadores originários. Petrópolis: Vozes, 1991.
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:(2) Cf. Fragmento 53 em: HERÃCLITO. trad. Emmanuel Carneiro Leão. In: ''Os pensadores originários''. Petrópolis: Vozes, 1991.
:(3) Ibidem, p. 73.
:(3) Ibidem, p. 73.

Edição de 15h32min de 23 de Dezembro de 2008

Podemos falar no diálogo de quatro instâncias: o eu, o outro, o logos, o diá-. O logos funda então os três diálogos. Porém, no diálogo há algo bem mais complexo. Podemos então considerar seis instâncias:
1ª Essência: do diálogo como disputa (1), (2);
2ª Essência: da obra de arte como disputa dialógica;
3ª Essência: do pensamento como diálogo (disputa entre as diferentes obras dos pensadores);
4ª Essência: do pensamento como diálogo/disputa com: a) Phýsis/Ser; b) Ser-humano; c) Arte;
5ª Essência: da poiesis como diálogo de disputa de poiesis e pensamento, ou seja, poesia pensante e pensamento poético;
6ª Essência: do ponto de vista do ser-humano, o agir dele no fazer obras ou desvelar, como diálogo/disputa. Então aqui o Diálogo se dá como Leitura. O interpretar é, portanto, um diálogo ético, porque todo interpretar é um interpretar-se pela escuta do logos. Frag. 53, de Heráclito: "De todas as coisas a guerra é pai, de todas as coisas é senhor; a uns mostrou deuses, a outros, homens; de uns fez escravos, de outros, livres" (3).


Referências:
(1) Cf. HEIDEGGER, Martin. A Origem da Obra de Arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.
(2) Cf. Fragmento 53 em: HERÃCLITO. trad. Emmanuel Carneiro Leão. In: Os pensadores originários. Petrópolis: Vozes, 1991.
(3) Ibidem, p. 73.