Dar-se
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :3. "A tarefa do [[pensamento]] alethopoético se expõe e se impõe no empenho de se abandonar o ser como fundamento entitativo (''das Sein als der Grund des Seienden'') em favor do dar que joga velado no desvelar (''zugunsten des im Entbergen verborgen spielenden Gebens''). Como o [[dom]] deste dá-se, o ser pertence ao dar. Ser não é. Dá-se o ser como o desvelar do presencializar | + | :3. "A tarefa do [[pensamento]] alethopoético se expõe e se impõe no empenho de se abandonar o ser como fundamento entitativo (''das Sein als der Grund des Seienden'') em favor do dar que joga velado no desvelar (''zugunsten des im Entbergen verborgen spielenden Gebens''). Como o [[dom]] deste dá-se, o ser pertence ao dar. Ser não é. Dá-se o ser como o desvelar do presencializar". |
- | :4. "No ''ésti'' se oculta dá-Se... Existe o ente como algo subsistente, mas não há o ente. Há (''es Gibt'') o ser, e não simplismente o ente. O ser não é senão o acontecer em que o ente se apropria na patência do [[desvelamento]] e se desapropria na [[latência]] do [[velamento]] | + | :4. "No ''ésti'' se oculta dá-Se... Existe o ente como algo subsistente, mas não há o ente. Há (''es Gibt'') o ser, e não simplismente o ente. O ser não é senão o acontecer em que o ente se apropria na patência do [[desvelamento]] e se desapropria na [[latência]] do [[velamento]]" (1). |
Edição atual tal como 14h31min de 13 de Setembro de 2009
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- Esta afirmação a propósito do ser, que não pode ser confundida com o ente subsistente entitativo, que esquece a dimensão verbal do ente, está bem tratada por Ronaldes de Melo e Souza:
- 1. " No descortino inicial do ser, é realmente pensado ser (eínai, éon), mas não o dá-se (Es Gibt)".
- 2. "O ser, porém não é nenhum ente".
- 3. "A tarefa do pensamento alethopoético se expõe e se impõe no empenho de se abandonar o ser como fundamento entitativo (das Sein als der Grund des Seienden) em favor do dar que joga velado no desvelar (zugunsten des im Entbergen verborgen spielenden Gebens). Como o dom deste dá-se, o ser pertence ao dar. Ser não é. Dá-se o ser como o desvelar do presencializar".
- 4. "No ésti se oculta dá-Se... Existe o ente como algo subsistente, mas não há o ente. Há (es Gibt) o ser, e não simplismente o ente. O ser não é senão o acontecer em que o ente se apropria na patência do desvelamento e se desapropria na latência do velamento" (1).
- Referência:
- (1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, nº 95, out.- dez., 1988, pp. 14-15.