Crítica

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Quando numa leitura de um poema, de uma obra poética, artística, há um desdobramento ou desvelamento dos sentidos, visões e falas do dizer e revelar da poesia, está acontecendo o discernimento crítico-poético. Quando Heidegger diz em ''A Origem da Obra de Arte'' (1) que a obra, em seu operar, espera pelo desvelo das leituras dos leitores, epocalmente acontecendo, ele está dizendo que a crítica-poética é o atuar desvelante nos desvelos dos leitores. Então criticar é um acontecer poético. Num tal criticar não basta conhecer, é também necessário ser o que se conhece. Ser o que se conhece é agir eticamente. Por isso, no juízo do criticar poético, o dizer deve se mover e ser movido pela essência do agir-poético. Isto é o ético.
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Quando Heidegger diz que a obra, em seu operar, espera pelo desvelo das leituras dos leitores, epocalmente acontecendo, ele está dizendo que a crítica-poética é o atuar desvelante nos desvelos dos leitores. Então criticar é um acontecer poético. Num tal criticar não basta conhecer, é também necessário ser o que se conhece. Ser o que se conhece é agir eticamente. Por isso, no juízo do criticar poético, o dizer deve se mover e ser movido pela essência do agir-poético. Isto é o ético.
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:(1) HEIDEGGER, Martin. ''A Origem da Obra de Arte''. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.

Edição de 21h15min de 22 de Dezembro de 2008

Quando numa leitura de um poema, de uma obra poética, artística, há um desdobramento ou desvelamento dos sentidos, visões e falas do dizer e revelar da poesia, está acontecendo o discernimento crítico-poético. Quando Heidegger diz em A Origem da Obra de Arte (1) que a obra, em seu operar, espera pelo desvelo das leituras dos leitores, epocalmente acontecendo, ele está dizendo que a crítica-poética é o atuar desvelante nos desvelos dos leitores. Então criticar é um acontecer poético. Num tal criticar não basta conhecer, é também necessário ser o que se conhece. Ser o que se conhece é agir eticamente. Por isso, no juízo do criticar poético, o dizer deve se mover e ser movido pela essência do agir-poético. Isto é o ético.


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A Origem da Obra de Arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.