Artista

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 01h36min de 29 de Julho de 2018 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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É necessário considerar a questão moral não só em relação à obra mas também em relação ao artista. A censura das obras sempre atingiu os artistas. O viver dos artistas se torna também paradigmático e por isso são repelidos como suas obras, talvez por identificarem as obras com a vida do artista. A exclusão da arte se dá pari passu com a exclusão do artista. O artista ao escutar a voz das musas é portador de um conhecimento que o torna uma experiência viva do real, embora este paralelismo não se possa constituir em argumento para a ontologia da obra de arte, porque a obra é necessariamente mais que a vida do artista. Mas esse paralelismo possível é que leva a muitas vezes querer explicar a obra por acontecimentos na vida do artista. Quem faz o artista e a obra é a poesia, é a arte. A arte é uma doação do sagrado, daí serem normalmente excluídos os artistas, porque são classificados como loucos. Santa loucura.


- Manuel Antônio de Castro


Ver também:
*Atitude


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"Neste preciso momento soam canções e coros, música de ópera e música de câmara extraídos da obra de Conradin Kreutzer. Nestes sons está o próprio artista, pois a presença do mestre na obra é única que é autêntica. Quanto maior é um mestre mais completa a sua pessoa desaparece por detrás da obra" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos. Lisboa: Instituto Piaget, s/d, p. 10.