Arte

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 19h55min de 18 de Dezembro de 2008 por Andre (Discussão | contribs)

Tabela de conteúdo

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Segundo Heidegger, pensar a arte se faz a partir da sua essência, isso significa compreender a arte a partir da sua definição: "o pôr-se-em-obra da verdade". (1) Nessa definição se dá a conexão entre OBRA/ARTE. Para pensar a arte é necessário pensar as obras e para pensar as obras é necessário pensar a arte. Por isso pergunta: "o que é a verdade para que ela possa ou até mesmo tenha de acontecer como arte? Em que medida há arte em geral? " (2). Quando define a arte como "ins-werk-setzen-der Wahreit" há aí ambiguidade. Diz: "mas esta determinação é conscientemente ambigua. Ela diz, por um lado: a arte é o estabelecimento da verdade que se institui na forma. Isso acontece na criação como produção (hervor-bringen) da desocultação do ente. Mas ao mesmo tempo, pôr-em-obra que dizer: pôr em andamento e levar a acontecer o ser-obra. Tal acontece como salvaguarda. A arte é então: a salvaguarda criadora da verdade na obra. A arte é , pois, um devir e um acontecer da verdade." (3). Como vemos temos uma dupla definição da arte: na primeira destaca-se a verdade e a obra, mostrando a necessidade da obra como ser-produzido, como ente, já na segunda destaca-se o acontecer e o devir permanente (resultado na savaguarda) da verdade.


Referências bibliográficas:
(1) HEIDEGGER, Martin. Origem da obra da arte. Trad. Maria da Conceição Costa. Lisboa: Edições 70, 1992, p. 46.
(2) Idem, p. 46.
(3) idem, p. 57.

2

"As coisas da arte são sempre resultado de ter estado a perigo, de ter ido até o fim em uma experiência, até um ponto que ninguém consegue ultrapassar". (1) "Na arte, só podemos permanecer na força de quem "pode" e, pelo fato de permanecermos aí, esta força cresce e sempre volta a nos ultrapassar". (2) Esta passagem diz respeito ao próprio enigma da interpretação.


Referências bibliográficas:
(1) RILKE, Rainer Maria. Cartas sobre Cézanne. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1996, p. 24.
(2) Idem, p. 28.

3

(Arte pela arte como teologia da arte) cf. Souza, Ronaldes de Melo e. In : Revista Tempo Brasileiro, 84, jan.mar., 1986 - "A epigênese do pós-moderno", p. 40, 41, 45.

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