Épos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Para Damião Berge (1), no texto de Homero e na tradição empregava-se ''épos'' e ''épea'' como [[palavra]], verso, discurso, oração, sentença. Não era essa a principal característica e, sim, o ser tanto a [[linguagem]] dos homens como a linguagem dos [[deus|deuses]], dos deuses homéricos. Na medida em que Homero educa a Grécia, com ele se institucionalizam seus deuses. Aos poucos, pela eclosão das cidades, há uma crítica de tais deuses e heróis (camada aristocrática) e uma crítica moral dos ritos religiosos. Dentro dessa situação, o ''épos'' é substituido pelo ''[[lógos]]''.
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:Para Damião Berge (1), no texto de Homero e na tradição empregava-se ''épos'' e ''épea'' como [[palavra]], verso, discurso, oração, sentença. Não era essa a principal característica e, sim, o ser tanto a [[linguagem]] dos homens como a linguagem dos [[deus|deuses]], dos deuses homéricos. Na medida em que Homero educa a Grécia, com ele se institucionalizam seus deuses. Aos poucos, pela eclosão das cidades, há uma crítica de tais deuses e herois (camada aristocrática) e uma crítica moral dos ritos religiosos. Dentro dessa situação, o ''épos'' é substituido pelo ''[[lógos]]''.

Edição de 21h26min de 29 de março de 2009

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Para Damião Berge (1), no texto de Homero e na tradição empregava-se épos e épea como palavra, verso, discurso, oração, sentença. Não era essa a principal característica e, sim, o ser tanto a linguagem dos homens como a linguagem dos deuses, dos deuses homéricos. Na medida em que Homero educa a Grécia, com ele se institucionalizam seus deuses. Aos poucos, pela eclosão das cidades, há uma crítica de tais deuses e herois (camada aristocrática) e uma crítica moral dos ritos religiosos. Dentro dessa situação, o épos é substituido pelo lógos.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) BERGE, Damião. "O lógos heraclítico". Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1969, p. 116.
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