Questão

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 13h28min de 15 de janeiro de 2009 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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Há cinco questões básicas: phýsis, tempo, linguagem, memória, história. Não basta dizer que não sabemos o que são e que mantêm entre si uma referência fundamental. Não basta tomar o caminho do não-saber como possibilidade de todo saber. Não basta falar das experienciações. Tudo isso é válido. Diz Heidegger: "O que se disse acerca do caráter histórico da questão 'que é uma coisa?' é válido para qualquer questão de filosofia, que colocamos hoje ou no futuro, admitindo, certamente, que a filosofia é um questionar que se põe a si mesmo em questão e que, em conseqüência, se movimenta, sempre e em toda a parte em círculo" (1). Para fugir da linearidade causal da historiografia, do tempo, da memória é necessário ter presente, por exemplo, que quando se pergunta: O que é a história? Esta pergunta não se pode responder através de dados historiográficos. A historiografia já pressupõe que de antemão se defina o seu objeto e o seu método. A historiografia nunca pergunta pelo isto que ela é. Quando pergunta, deixa de ser historiografia e passa a ser "filosofia". Por isso, a experiência da História como conhecimento e como experienciação do que é História são diferentes. Na História (experienciação) há um acontecer. Na historiografia há uma experiência como conhecimento. Aí já se inclui a phýsis (Res/real) o tempo, a linguagem, a memória.


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. O que é uma coisa?. Lisboa: Edições 70, 1992, p. 54.


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Não tenho certezas nem incertezas. Sou possuído pelas questões.


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"Como a palavra querer, também as palavras questão, questionar e questionamento vêm do latim: quaerere. Quaerere significa: empenhar-se na busca e na procura do que não se tem, por já se ter e para se vir a ter"(1).
(1)LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar I. Petrópolis, Vozes: 1977, p. 44.




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