Pênia

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: Pênia, a pobreza, é uma personagem do mito de Eros, narrado por Diotima, a sacerdotisa de Mantineia, presente no diálogo de Platão ''O Banquete'' (203b - 204a). Assim narra o mito:
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: Pênia, a pobreza, é uma personagem do mito de Eros, narrado por Diotima, a sacerdotisa de Mantineia, presente no diálogo de Platão ''O Banquete'' (203b - 204a). Assim narra o mito (1):
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: ''Olimpo está em festa. Reunidos, os imortais banqueteiam-se em regozijo ao nascimento de Afrodite (Vênus), a bela deusa do amor. Pelas taças de ouro corre o néctar abundante, a estimular a expansão de despreocupada alegria. Os deuses riem. Terminado o festim, surge à porta uma figura andrajosa e esquálida. Pênia, a pobreza, vem mendigar os restos do banquete. Antes, porém, de esboçar qualquer movimento em direção à mesa, vislumbra a figura de Poros, o Recurso, filho da Prudência. De longe vê quando ele, embriagado pelo excesso de néctar, se afasta dos imortais e entra no jardim de Zeus (Júpiter). Ali se deita o jovem, e logo cai em pesado sono. Pobreza que vivia justamente à cata de recursos, toma nesse instante uma resolução: ter um filho de Poros. (...) Sem ruído, deita-se junto a Recurso. Abraça-o. Desperta-o. E concebe o filho desejado: Eros, o amor'' (Mitologia, 1973, 33).
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: ''Olimpo está em festa. Reunidos, os imortais banqueteiam-se em regozijo ao nascimento de Afrodite (Vênus), a bela deusa do amor. Pelas taças de ouro corre o néctar abundante, a estimular a expansão de despreocupada alegria. Os deuses riem. Terminado o festim, surge à porta uma figura andrajosa e esquálida. Pênia, a pobreza, vem mendigar os restos do banquete. Antes, porém, de esboçar qualquer movimento em direção à mesa, vislumbra a figura de Poros, o Recurso, filho da Prudência. De longe vê quando ele, embriagado pelo excesso de néctar, se afasta dos imortais e entra no jardim de Zeus (Júpiter). Ali se deita o jovem, e logo cai em pesado sono. Pobreza que vivia justamente à cata de recursos, toma nesse instante uma resolução: ter um filho de Poros. (...) Sem ruído, deita-se junto a Recurso. Abraça-o. Desperta-o. E concebe o filho desejado: Eros, o amor'' (2).
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: (2) MITOLOGIA, São Paulo: Abril Cultural, v. 1, 1973, p. 33.

Edição de 20h57min de 28 de Setembro de 2018

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Pênia, a pobreza, é uma personagem do mito de Eros, narrado por Diotima, a sacerdotisa de Mantineia, presente no diálogo de Platão O Banquete (203b - 204a). Assim narra o mito (1):
Olimpo está em festa. Reunidos, os imortais banqueteiam-se em regozijo ao nascimento de Afrodite (Vênus), a bela deusa do amor. Pelas taças de ouro corre o néctar abundante, a estimular a expansão de despreocupada alegria. Os deuses riem. Terminado o festim, surge à porta uma figura andrajosa e esquálida. Pênia, a pobreza, vem mendigar os restos do banquete. Antes, porém, de esboçar qualquer movimento em direção à mesa, vislumbra a figura de Poros, o Recurso, filho da Prudência. De longe vê quando ele, embriagado pelo excesso de néctar, se afasta dos imortais e entra no jardim de Zeus (Júpiter). Ali se deita o jovem, e logo cai em pesado sono. Pobreza que vivia justamente à cata de recursos, toma nesse instante uma resolução: ter um filho de Poros. (...) Sem ruído, deita-se junto a Recurso. Abraça-o. Desperta-o. E concebe o filho desejado: Eros, o amor (2).



(2) MITOLOGIA, São Paulo: Abril Cultural, v. 1, 1973, p. 33.
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