Diálogo

De Dicionário de Poética e Pensamento

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:Podemos falar no diálogo de quatro instâncias: o eu, o outro, o ''logos'', o ''diá-''. O ''logos'' funda então os três diálogos. Porém, no diálogo há algo bem mais complexo. Podemos então considerar seis instâncias:  
:Podemos falar no diálogo de quatro instâncias: o eu, o outro, o ''logos'', o ''diá-''. O ''logos'' funda então os três diálogos. Porém, no diálogo há algo bem mais complexo. Podemos então considerar seis instâncias:  
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:(1) Cf. HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra-de-arte''. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.
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:(1)HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra-de-arte''. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antonio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.
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:(2) Cf. Fragmento 53 em: HERÃCLITO. trad. Emmanuel Carneiro Leão. In: ''Os pensadores originários''. Petrópolis: Vozes, 1991.
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:(2)Fragmento 53 em: HERÃCLITO. trad. Emmanuel Carneiro Leão. In: ''Os pensadores originários''. Petrópolis: Vozes, 1991.
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:(3) Ibidem, p. 73.
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:(3)Ibidem, p. 73.
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:LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 62.
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== Ver também ==
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*[[Disputa]]
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:(1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 62.
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:HEIDEGGER, Martin. Approche de Hölderlin. Paris, Gallimard, 1973, p. 48.
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:(1) HEIDEGGER, Martin. ''Approche de Hölderlin''. Paris: Gallimard, 1973, p. 48.
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== Ver também ==
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*[[Escuta]]
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:Referências:
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:SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Linha de pesquisa. Revista de Letras da UVA, Rio de Janeiro, Ano I, No. 1, out. de 2000, p. 34 e 35.
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:(1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Linha de pesquisa. Revista de Letras da UVA, Rio de Janeiro, Ano I, No. 1, out. de 2000, p. 34 e 35.
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:"De um diálogo faz parte que seu falar fale do mesmo e isso de um pertencer ao mesmo." (1) "O pensar, porém, é o poematiza da verdade do ser no diálogo historial dos pensadores." (2)
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:"De um diálogo faz parte que seu falar fale do mesmo e isso de um pertencer ao mesmo."
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"O pensar, porém, é o poematiza da verdade do ser no diálogo historial dos pensadores."  
:Referências:
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:(1) HEIDEGGER, Martin. "A sentença de Anaximandro". In: Pré-Socráticos. Coleção Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978, p.25.
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:(1) HEIDEGGER, Martin. "A sentença de Anaximandro". In: ''Pré-Socráticos. Coleção Os Pensadores''. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p.25.
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:(2) idem, p.47.
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:(2) ibidem, p.47.
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== Ver também ==
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*[[Disputa]]
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*[[Escuta]]

Edição de 02h06min de 15 de janeiro de 2009

Tabela de conteúdo

1

Podemos falar no diálogo de quatro instâncias: o eu, o outro, o logos, o diá-. O logos funda então os três diálogos. Porém, no diálogo há algo bem mais complexo. Podemos então considerar seis instâncias:
1ª Essência: do diálogo como disputa (1), (2);
2ª Essência: da obra de arte como disputa dialógica;
3ª Essência: do pensamento como diálogo (disputa entre as diferentes obras dos pensadores);
4ª Essência: do pensamento como diálogo/disputa com: a) Phýsis/Ser; b) Ser-humano; c) Arte;
5ª Essência: da poiesis como diálogo de disputa de poiesis e pensamento, ou seja, poesia pensante e pensamento poético;
6ª Essência: do ponto de vista do ser-humano, o agir dele no fazer obras ou desvelar, como diálogo/disputa. Então aqui o Diálogo se dá como Leitura. O interpretar é, portanto, um diálogo ético, porque todo interpretar é um interpretar-se pela escuta do logos. Frag. 53, de Heráclito: "De todas as coisas a guerra é pai, de todas as coisas é senhor; a uns mostrou deuses, a outros, homens; de uns fez escravos, de outros, livres" (3).


Referências:
(1)HEIDEGGER, Martin. A origem da obra-de-arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antonio de Castro. Lisboa: Edições 70, 2008.
(2)Fragmento 53 em: HERÃCLITO. trad. Emmanuel Carneiro Leão. In: Os pensadores originários. Petrópolis: Vozes, 1991.
(3)Ibidem, p. 73.

2

"(...) ninguém pode fazer uso do que os outros são, nem mesmo uso mental."


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 62.

3

Há a passagem nº III do ensaio de Heidegger: "Hölderlin et l'essence de la poésie", onde Heidegger discute a essência do diálogo, a partir de verso do Hölderlin: "Depuis que nous sommes un dialogue. Et que nous pouvons ouir les uns les autres." Há aí o grande tema da escuta e da fala ligado ao diálogo.


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Approche de Hölderlin. Paris: Gallimard, 1973, p. 48.

4

Souza faz uma reflexão sobre o EU: a questão do olhar ("O olho não vê a si mesmo") e a questão do espelho. Vê, também, a relação sujeito e objeto enquanto projeção do eu.


Referências:
(1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Linha de pesquisa. Revista de Letras da UVA, Rio de Janeiro, Ano I, No. 1, out. de 2000, p. 34 e 35.


5

"De um diálogo faz parte que seu falar fale do mesmo e isso de um pertencer ao mesmo."

"O pensar, porém, é o poematiza da verdade do ser no diálogo historial dos pensadores."


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A sentença de Anaximandro". In: Pré-Socráticos. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p.25.
(2) ibidem, p.47.

Ver também

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