Método

De Dicionário de Poética e Pensamento

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:Referências:
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:LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis, Vozes, 1992
:LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis, Vozes, 1992
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:A questão do método tem muitos caminhos, mas para uma hermenêutica ontológica, ele passa necessariamente pela “questão que é digna de ser pensadaâ€, pela “questão do pensamentoâ€. Em relação ao método diz Ernildo Stein na “Nota do Tradutorâ€: “Não discutiremos aqui até que ponto Heidegger terá razão quando critica e procura superar Hegel e Husserl. É, sem dúvida, simplificação resumir a filosofia de ambos na subjetividade e, conseqüentemente, na questão do método; como também é impossível pensar em separar, na “questão do pensamentoâ€, método e questão.†Stein, Ernildo. In: Os Pensadores. Heidegger. São Paulo, Abril Cultural, 1979, p. 67.  Ora, Heidegger não separa método e questão, apenas não fica preso às formulações metodológicas de ambos, que acabam por configurar seu pensamento, mas Heidegger pensa o método já dentro da questão, ao pensar o círculo da circularidade perfeita, nas trilhas do pensador Heráclito. Não se pode entender método em seu aspecto formal. Por isso Heidegger fala muito em caminho e o caminho nunca está desligado da questão. Ver só como exemplo o ensaio “O caminho do campoâ€. Esta questão do método também é fundamental para a questão da arte.
==Ver Também==
==Ver Também==
*[[Metodologia]]
*[[Metodologia]]

Edição de 05h02min de 14 de janeiro de 2009

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"O meu propósito não consiste aqui em ensinar o método que cada um deve seguir para bem dirigir a razão, mas sim mostrar apenas de que modo consegui dirigir a minha... Logo que terminei o curso de estudos com que é costume ser-se recebido na classe dos doutos, mudei inteiramente de opinião, pois vi-me tão embaraçado com dúvidas e erros que me pareceu não ter obtido outro proveito, ao tratar de me instruir, senão descobrir cada vez mais a minha ignorância."


Referências:
KIERKEGAARD, Sören. Temor e tremor. Lisboa: Guimarães Editores, 1998, p. 20.

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Emmanuel Carneiro Leão precisa bem o conteúdo do método enquanto metodologia, em seu livro Aprendendo a Pensar II. Destaco, na página 164: “É necessário ter bem claro o objetivo deste fazer específico que é investigar. O objetivo estabelecido no tema determina o método, isto é, o conjunto das decisões sobre o caminho a seguir, o nível e registro a tomar, os recursos e meios a empregar, o grau e o como fazer. Decide, sobretudo, do necessário para a viagem chegar ao fim e atingir o objetivo. Pois desta definição prévia depende tudo: quem investiga, para quê, o quê, como e onde investigar!â€
Referências:
LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis, Vozes, 1992

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A questão do método tem muitos caminhos, mas para uma hermenêutica ontológica, ele passa necessariamente pela “questão que é digna de ser pensadaâ€, pela “questão do pensamentoâ€. Em relação ao método diz Ernildo Stein na “Nota do Tradutorâ€: “Não discutiremos aqui até que ponto Heidegger terá razão quando critica e procura superar Hegel e Husserl. É, sem dúvida, simplificação resumir a filosofia de ambos na subjetividade e, conseqüentemente, na questão do método; como também é impossível pensar em separar, na “questão do pensamentoâ€, método e questão.†Stein, Ernildo. In: Os Pensadores. Heidegger. São Paulo, Abril Cultural, 1979, p. 67. Ora, Heidegger não separa método e questão, apenas não fica preso às formulações metodológicas de ambos, que acabam por configurar seu pensamento, mas Heidegger pensa o método já dentro da questão, ao pensar o círculo da circularidade perfeita, nas trilhas do pensador Heráclito. Não se pode entender método em seu aspecto formal. Por isso Heidegger fala muito em caminho e o caminho nunca está desligado da questão. Ver só como exemplo o ensaio “O caminho do campoâ€. Esta questão do método também é fundamental para a questão da arte.

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