Coisa

De Dicionário de Poética e Pensamento

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:"Sobretudo aprendera agora a se aproximar das coisas sem ligá-las à sua função. Parecia agora poder ver como seriam as coisas e as pessoas antes que lhes tivéssemos dado o sentido de nossa esperança humana ou de nossa dor. Se não houvesse humanos na Terra, seria assim: chovia, as coisas se ensopavam sozinhas e secavam e depois ardiam secas ao sol e se crestavam em poeira. Sem dar ao mundo o nosso sentido, como Lóri se assustava!"  
:"Sobretudo aprendera agora a se aproximar das coisas sem ligá-las à sua função. Parecia agora poder ver como seriam as coisas e as pessoas antes que lhes tivéssemos dado o sentido de nossa esperança humana ou de nossa dor. Se não houvesse humanos na Terra, seria assim: chovia, as coisas se ensopavam sozinhas e secavam e depois ardiam secas ao sol e se crestavam em poeira. Sem dar ao mundo o nosso sentido, como Lóri se assustava!"  
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:LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 32.
:LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 32.
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:A respeito, conferir itens abaixo.
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:Referências
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:(1) BAKHTIN, Mikhail. ''Estética da criação verbal''. São Paulo: Martins Fontes, 2000, pp. 403, 405 e 407.
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:(2) HEIDEGGER, Martin. ''Ser e Tempo''. Petrópolis: Vozes, 1988, p. 206, § 32.

Edição de 05h05min de 13 de janeiro de 2009

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"Sobretudo aprendera agora a se aproximar das coisas sem ligá-las à sua função. Parecia agora poder ver como seriam as coisas e as pessoas antes que lhes tivéssemos dado o sentido de nossa esperança humana ou de nossa dor. Se não houvesse humanos na Terra, seria assim: chovia, as coisas se ensopavam sozinhas e secavam e depois ardiam secas ao sol e se crestavam em poeira. Sem dar ao mundo o nosso sentido, como Lóri se assustava!"


Referência:
LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 32.

2

A respeito, conferir itens abaixo.


Referências
(1) BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000, pp. 403, 405 e 407.
(2) HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Petrópolis: Vozes, 1988, p. 206, § 32.
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