Complementaridade
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+ | : (1) Cf. o conto de Guimarães Rosa:''' "A terceira margem do [[rio]]". In: -----. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1967, 3. e., pags. 31 a 37.''' | ||
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+ | : "No Oriente há um dito que para nós parece mais uma pilhéria: o [[empenho]] em [[escutar]] o [[vazio]] é o [[mesmo]] que se faz para [[escutar]] o som de palmas sendo batidas com uma só das duas mãos" (1). A [[complementaridade]] entre as duas mãos é necessária para [[produzir]] o [[som]]. O empenho de [[escutar]] o [[vazio]] é sem [[complementaridade]], pois o [[vazio]] não se escuta pelo som, mas pelo [[silêncio]]. E o [[silêncio]] é sem [[complementaridade]] (2). | ||
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+ | : (1) QUINTÃO, Denise. '''[[Arte]] e [[realidade]] - uma introdução à [[Poética]]. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 24.''' | ||
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Edição atual tal como 20h18min de 24 de Abril de 2025
1
- As duas margens são complementares entre si e em relação ao rio. Mas não há complementaridade possível entre as duas margens e a terceira margem do rio. Sem a terceira margem não há complementaridade e nem rio.(1).
- (1) Cf. o conto de Guimarães Rosa: "A terceira margem do rio". In: -----. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1967, 3. e., pags. 31 a 37.
2
- "No Oriente há um dito que para nós parece mais uma pilhéria: o empenho em escutar o vazio é o mesmo que se faz para escutar o som de palmas sendo batidas com uma só das duas mãos" (1). A complementaridade entre as duas mãos é necessária para produzir o som. O empenho de escutar o vazio é sem complementaridade, pois o vazio não se escuta pelo som, mas pelo silêncio. E o silêncio é sem complementaridade (2).
- (1) QUINTÃO, Denise. Arte e realidade - uma introdução à Poética. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 24.
- (2) - Manuel Antônio de Castro