Enunciação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(1)
(1)
Linha 1: Linha 1:
__NOTOC__
__NOTOC__
== 1 ==
== 1 ==
-
: Nas narrativas regidas pela [[ironia]], [[narrador]], [[enunciado]] e [[enunciação]] se complementam criticamente: "Nas narrativas irônicas, a função crítica da [[parábase]] é assumida pelo narrador autoconsciente, que não se limita a narrar eventos, mas se compraz em sustar o [[enunciado]] propriamente narrativo com o deliberado propósito de [[assinalar]] criticamente que o narrado não é dado na [[realidade]] mas construído pela instância da narração" (1).  
+
: Nas [[narrativas]] regidas pela [[ironia]], [[narrador]], [[enunciado]] e [[enunciação]] se complementam criticamente: "Nas [[narrativas]] irônicas, a função crítica da parábase é assumida pelo [[narrador]] autoconsciente, que não se limita a [[narrar]] [[eventos]], mas se compraz em sustar o [[enunciado]] propriamente [[narrativo]] com o deliberado [[propósito]] de [[assinalar]] criticamente que o [[narrado]] não [[é]] dado na [[realidade]] mas construído pela instância da [[narração]]" (1).  
: Contudo, do ponto de vista de tensão [[linguagem]]/ [[língua]], de [[ser]] e [[não-ser]], da [[clareira]] e da [[perspectiva]], a [[enunciação]] como tal se torna mais complexa.
: Contudo, do ponto de vista de tensão [[linguagem]]/ [[língua]], de [[ser]] e [[não-ser]], da [[clareira]] e da [[perspectiva]], a [[enunciação]] como tal se torna mais complexa.

Edição de 22h08min de 21 de Julho de 2025

1

Nas narrativas regidas pela ironia, narrador, enunciado e enunciação se complementam criticamente: "Nas narrativas irônicas, a função crítica da parábase é assumida pelo narrador autoconsciente, que não se limita a narrar eventos, mas se compraz em sustar o enunciado propriamente narrativo com o deliberado propósito de assinalar criticamente que o narrado não é dado na realidade mas construído pela instância da narração" (1).
Contudo, do ponto de vista de tensão linguagem/ língua, de ser e não-ser, da clareira e da perspectiva, a enunciação como tal se torna mais complexa.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Linha de Pesquisa. Revista de Letras da UVA. Rio de Janeiro: ano 1, número 1, out. 2000, p. 31.
Ferramentas pessoais