Sagrado

De Dicionário de Poética e Pensamento

(Diferença entre revisões)
Linha 16: Linha 16:
== 2 ==
== 2 ==
:"Quando os índios norte-americanos e certas tribos de esquimós mandam mensagens convidando os outros para um festival [[religião|religioso]], os [[mensageiro|mensageiros]] carregam bastões com penas e estas conferem ao portador a qualidade sacrossanta" (1).
:"Quando os índios norte-americanos e certas tribos de esquimós mandam mensagens convidando os outros para um festival [[religião|religioso]], os [[mensageiro|mensageiros]] carregam bastões com penas e estas conferem ao portador a qualidade sacrossanta" (1).
 +
 +
 +
== 3 ==
 +
:"Em que consiste o sagrado? Este, se formos à etimologia, mostrará uma outra [[realidade]] diferente daquela apreendida pelo religioso. O [[sintoma]] maior desta outra realidade está na não separação, no âmbito do sagrado, entre ''mal'' e ''bem''. O sagrado diz do ''lugar de abertura'' da realidade, onde tal separação e divisão não existe. O criminoso, por exemplo, que entrasse num [[templo]], passava a fazer parte de um ''lugar'' onde não mais poderia ser perseguido nem punido. O âmbito do sagrado não comporta as dicotomias metafísicas" (1).
 +
 +
:Referência:
 +
 +
:(1) CASTRO, Manuel Antônio de. ''Tempos de metamorfose''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 71.

Edição de 23h29min de 6 de Abril de 2010

1

"O que é o sagrado para Hölderlin? É a palavra com que ele nomeia a natureza. Esta, contudo, não deve ser tomada como a natura dos romanos, nem como natureza no sentido moderno, pois em ambos os casos é apreendida como conjunto dos fenômenos ou coisas pertencentes a um determinado setor do real, ou seja, o mundo natural. Natureza para o poeta possui, antes, a ressonância da palavra-guia dos primeiros pensadores gregos – phýsis –, como o aberto, por onde as coisas brotam e desabrocham, mas também como o obscuro, por onde elas se escondem e repousam" (1).


Referência:
(1) MICHELAZZO, José Carlos. Do um como princípio ao dois como unidade. São Paulo: Annablume, 1999, p. 144.


Ver também:


2

"Quando os índios norte-americanos e certas tribos de esquimós mandam mensagens convidando os outros para um festival religioso, os mensageiros carregam bastões com penas e estas conferem ao portador a qualidade sacrossanta" (1).


3

"Em que consiste o sagrado? Este, se formos à etimologia, mostrará uma outra realidade diferente daquela apreendida pelo religioso. O sintoma maior desta outra realidade está na não separação, no âmbito do sagrado, entre mal e bem. O sagrado diz do lugar de abertura da realidade, onde tal separação e divisão não existe. O criminoso, por exemplo, que entrasse num templo, passava a fazer parte de um lugar onde não mais poderia ser perseguido nem punido. O âmbito do sagrado não comporta as dicotomias metafísicas" (1).
Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Tempos de metamorfose. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994, p. 71.


Referência:
(1) FRANZ, Marie Louise von. A interpretação dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Achiamé, 1981, p. 78 (Cf. Idem, p. 88, quando fala dos motivos religiosos dos tapetes).
Ferramentas pessoais